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DISCURSO DO PAPA BENTO XVI
NO FINAL DO CONCERTO OFERECIDO
PELA ACADEMIA PIANÍSTICA DE ÍMOLA

Sala Paulo VI
Sábado, 17 de Outubro de 2009

 

Senhores Cardeais
Prezados Irmãos
no Episcopado e no Sacerdócio
Ilustres Autoridades
Caros amigos

Encontramo-nos esta tarde para mais um concerto, também este de notável nível artístico e de elevado valor histórico, a breve distância do concerto executado na semana passada no Auditorium de Via della Conciliazione. Dirijo a cada um de vós a minha cordial saudação: aos Senhores Cardeais, aos Bispos e aos Prelados, às Autoridades, aos amáveis hóspedes e a quantos estão presentes. Desejo transmitir uma saudação especial aos Padres sinodais, que quiseram compartilhar connosco também este momento de tranquila distensão.

Em nome de todos, transmito um cordial agradecimento à Academia pianística internacional "Encontros com o maestro", de Ímola. Gostaria de agradecer e manifestar sentimentos de sincero apreço principalmente ao maestro Franco Scala, que há vinte anos fundou esta benemérita instituição musical e continua a guiá-la com paixão e talento. Exprimo-lhe também o meu agradecimento pelas palavras com que, no início desta tarde, desejou interpretar os sentimentos corais dos participantes. Dirijo um amável "obrigado" à pianista Jin Ju, que nos fez apreciar as potencialidades expressivas do fortepiano e do piano, e a carga emotiva das músicas que executou. Enfim, quero saudar e agradecer a todos aqueles que, de vários modos, cooperaram para a realização do concerto.

Queridos amigos, esta tarde fomos acompanhados ao longo de um itinerário histórico e artístico fascinante e ideal que voltou a percorrer a evolução do fortepiano, sucessivamente piano, um dos instrumentos musicais mais conhecidos e preferidos pelos compositores mais famosos, instrumento capaz de oferecer uma não pequena gama de matizes musicais harmónicas. Os sete instrumentos utilizados, provenientes da importante colecção de Ímola, que contém mais de cem, constituem por si só um matrimónio estético, artístico e histórico, quer porque emitem aqueles sons que foram ouvidos pelos homens do passado, quer porque dão testemunho do progresso do artesanato do piano, revelando as intuições e os sucessivos aperfeiçoamentos de construtores hábeis e ímpares.

Este concerto permitiu-nos, mais uma vez, apreciar a beleza da música, linguagem espiritual e portanto universal, veículo muito oportuno para a compreensão e a união entre as pessoas e os povos. A música faz parte de todas as culturas e, poderíamos dizer, acompanha todas as experiências humanas, da dor ao prazer, do ódio ao amor, da tristeza à alegria, da morte à vida. Vejamos como, ao longo dos séculos e dos milénios, a música foi sempre utilizada para dar forma àquilo que não se consegue fazer com as palavras, porque suscita emoções diversamente difíceis de comunicar. Portanto, não é um caso se cada civilização deu importância e valor à música nas suas várias formas e expressões.

A música, a grande música, aplaca o espírito, suscita sentimentos profundos e convida quase naturalmente a elevar a mente e o coração a Deus em todas as situações, tanto alegres como tristes, da existência humana. A música pode tornar-se oração. Mais uma vez, obrigado a todos aqueles que organizaram esta bonita tarde. Queridos amigos, abençoo todos vós do íntimo do coração.

 

© Copyright 2009 - Libreria Editrice Vaticana

 



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