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MENSAGEM DO PAPA JOÃO PAULO II
ENTREGUE AOS DIRECTORES DA RAI
POR OCASIÃO DO TRIGÉSIMO ANIVERSÁRIO DA RAI-TV
(RÁDIO TELEVISÃO ITALIANA)

Quarta-feira, 3 de Janeiro de 1984

 

Apraz-me tomar a palavra nesta oportunidade das celebrações promovidas pela RAI-TV pelo 30º aniversário do início oficial das transmissões televisivas na Itália. Como não reconhecer o importante serviço social prestado pela Entidade televisiva italiana durante estes trinta anos, mediante os múltiplos e variados programas, cujo nível técnico, cada vez mais aperfeiçoado, é unanimemente reconhecido também pelas Televisões doutros Países?

Neste momento, devo sublinhar em particular o espaço que a Televisão italiana dedicou à informação religiosa, consentindo a um vastíssimo público, também de tantos outros Países do mundo, participar nos acontecimentos eclesiais de grande importância, tais como, por exemplo, o histórico evento do Concílio Vaticano II, os ritos do Ano Santo de 1975 e daquele que estamos a celebrar, o ministério apostólico do Papa nas suas viagens pastorais, as dolorosas vicissitudes conexas com a morte de um Sumo Pontífice e as jubilosas que acompanham a eleição do seu Sucessor.

De certos momentos e de algumas imagens conservo eu mesmo inesquecível recordação.

Ao manifestar apreço e gratidão por tudo de válido que foi feito neste período, é-me grato exprimir o auspicio de que todos os que trabalham na televisão, e sobretudo os responsáveis das programações, sintam de modo cada vez mais vivo a responsabilidade moral que lhes é imposta, por este trabalho, e procurem na inspiração constante da própria acção em critérios de verdadeira competência, respeitar os requisitos fundamentais de toda a comunicação a saber, a objectividade, a honestidade, a sinceridade. Em particular saibam eles salvaguardar sempre — nos conteúdos e nas imagens — as exigências dos princípios da moral pessoal, familiar e social, que formaram a glória tradicional da Nação italiana: não esquecendo que a Televisão entra em todos os lares e tem como espectadores, talvez os mais assíduos, os jovens e as crianças. Em tal caso eles terão a alegria de prestar um decisivo serviço à pessoa humana, respeitando-lhe a dignidade e contribuindo para a sua maturação em todos os campos.

E dado que o sentido religioso se situa entre os essenciais valores constitutivos do humano, faço votos por que a programação televisiva não ceda à tentação do agnosticismo ou, até mesmo, da recusa à visão religiosa do homem, mas saiba, ao contrário, ao enfrentar os problemas de fundo da existência, deixar aberta a porta a uma solução deles na luz da sã e razão e da fé.

Com estes sentimentos, a todos os que empregam as suas energias nos vários sectores deste moderno meio de comunicação desejo de coração bom trabalho!

 



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