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VIAGEM PASTORAL DO PAPA JOÃO PAULO II AO ALASCA, COREIA,
PAPUA-NOVA GUINÉ, ILHAS SALOMÃO E TAILÂNDIA
(2-11 DE MAIO DE 1984)

MENSAGEM DO SANTO PADRE
 AO POVO DO VIETNAME DURANTE O VOO DE PORT MORESBY
 PARA BANGUECOQUE

Quinta-feira, 10 de maio de 1984

 

Aos caros Irmãos e Irmãs do Vietname

De regresso da minha visita pastoral na Coreia, em Papua-Nova Guiné e nas Ilhas Salomão, encontro-me nas proximidades do Vietname. E desejo saudar todo o povo deste país que eu amo, manifestar-lhe a minha simpatia e os meus sentimentos de paz, os meus encorajamentos e os meus votos cordiais.

Cada ser humano, cada povo com a sua cultura, tem o seu lugar no olhar benevolente da Igreja Católica — universal —, e no coração daquele que é o seu Pastor. É este o Evangelho de amor recebido de Jesus Cristo: abraça todas as nações num espírito de serviço, levando-lhes uma palavra de salvação e uma ajuda fraterna. No caso do Vietname, todos conhecem e apreciam a coragem no trabalho, a tenacidade nas dificuldades, o sentido da família e as outras virtudes naturais de que sabeis dar mostras. Neste país que sofreu cruelmente as provações da guerra, tivestes que trabalhar muito para a reconstrução do país, realizar grandes esforços para fazer face aos diversos problemas da instrução, da saúde... A Igreja nutre vivo interesse por estes esforços solidários, encoraja-os e faz votos por que eles consigam dar a todos, não só o pão e a instrução, mas a possibilidade de se manifestarem livremente com o melhor de si mesmos, incluindo as suas aspirações religiosas e num clima de paz com os outros povos que procuram, como o Vietname, viver em tranquilidade e dignidade.

É decerto o que desejam os numerosos Vietnamitas que, entre vós, partilham a fé cristã. É a vós, caros Irmãos e Irmãs católicos, que agora me dirijo. Desde os primórdios da evangelização, formais comunidades vivas, ricas da fé de toda a Igreja bem assimilada pelo génio da vossa cultura vietnamita, ardentes na oração, generosas numa caridade aberta a todos. Aos vossos Bispos e aos vossos sacerdotes, aos vossos religiosos e às religiosas, aos pais e às mães de família, às crianças, aos jovens e aos anciãos, àqueles, sobretudo, que são provados pela enfermidade ou estão noutras condições de vida penosa, quero manifestar o meu afecto de modo particular. Todos os dias, por intercessão da Santíssima Virgem Maria, vos recomendo ao Senhor, a fim de que ele continue a dar-vos, com a coragem da fé, a esperança e a paz. Oxalá a vossa harmonia em torno dos vossos Bispos seja sem quebras, na adesão a Jesus Cristo e à sua Igreja! E rezo por que tenhais sempre as possibilidades concretas de professar e de viver a vossa fé. A garantia destas possibilidades faz honra a um país, manifesta a sua preocupação de justiça e favorece a realização dos valores espirituais tão necessários para o seu desenvolvimento.

A Igreja inteira tem os olhos fixos em vós; nela, tendes um lugar de eleição. É orgulhosa de vós, ciente da fé cristã que em vós existe, com o amor leal pela vossa nação. Ela encoraja-vos a construir com todos os vossos compatriotas um futuro melhor para todos. E encoraja de boa vontade as obras católicas ou os organismos internacionais a darem-vos uma ajuda desinteressada. Sinto-me feliz por hoje vo-lo poder assegurar de viva voz e por vos enviar de todo o coração a minha Bênção Apostólica.

 



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